Bolsonaro importará vulcão ativo
Empenhado em buscar mais eficácia para políticas para pôr em risco a vida dos brasileiros, Jair Bolsonaro apresentou o mais recente planejamento de seu governo. “A gente tá flexibilizando o porte e a posse de armas, desregulamentando os agrotóxicos, barateando os cigarros, desaparelhando as regulações ambientais. Mas temos que pensar nos brasileiros que não vão morrer de tiro, de intoxicação ou devido a mudanças climáticas”, disse. Em seguida, liberou o amianto.
Medidas especiais focaram o Código de Trânsito. Além de eliminar radares, atenuar as punições, revogar a exigência de exame toxicológico para a emissão e a renovação da CNH para as categorias C, D e E, e acabar com a obrigatoriedade de cadeirinha de segurança para crianças até sete anos e meio, Jair Bolsonaro prometeu multar quem se atrever a usar cinto de segurança. “Essa geração mimimi não consegue nem se envolver em acidente de trânsito. Bando de otários. Tem que acabar com isso daí”, discursou, enquanto dirigia uma Brasília desgovernada.
O presidente reservou a cereja do bolo para os últimos tópicos da planificação de seu sistema mortífero, anunciando a importação de vulcões ativos do Havaí. “Foi um acordo com o Trump para trazer essa tecnologia de ponta para o Brasil.” O governo ainda negocia com a Indonésia as patentes de tsunamis e estuda acordos comerciais com o Japão para introduzir terremotos no país.
Para a implementação de tornados, furacões e tufões, as autoridades preveem o desenvolvimento de tecnologia 100% brasileira. “Vamos provocar tantas mudanças no meio ambiente que as chuvas, os ventos e toda essa bagaça será afetada, poupando aos cofres públicos a importação de vento estocado da Flórida.”
Concluindo, o presidente expôs com coerência o raciocínio que fundamenta seu planejamento.
“O brasileiro tem que ter autonomia para portar arma, carro, agrotóxico, cigarro, amianto. Só não pode portar maconha, senão vira bagunça.”