Boulos invade celular improdutivo

Inspirado pelo hacker que invadiu o Telegram do ministro Sergio Moro, Guilherme Boulos organizou uma ocupação coletiva de celulares improdutivos. “Enquanto a elite brasileira esbanja 3, 4 ou 5 celulares para cada filho mimado, há milhares de trabalhadores sem necessidades básicas como WhatsApp, Instagram ou Waze”, explicou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Telegram (MTST). “Ninguém larga o wi-fi de ninguém”, completou.

Com um megafone JBL 4.1, Boulos liderou um grupo de hackers para ocupar o primeiro celular improdutivo. “A líder indígena Anahí Shimbalaiê nunca tinha acessado um Whatsapp. Foi um ato histórico de resistência contra a Lava Jato e contra o Imperialismo. Hoje de manhã, Shimbalaiê já teve a oportunidade de se desentender com toda a família pelo aplicativo”, celebrou.

O acesso aos celulares invadidos é feito remotamente numa réplica do Patinho Feio, o primeiro computador brasileiro, criado em 1972 na Escola Politécnica da USP.