Ciro Bottini será porta-voz do governo
Depois do sucesso internacional conquistado com a venda de miçangas de nióbio, o presidente Jair Bolsonaro promoveu mudanças em seu governo.
“Eu estou ocupado demais destruindo a Amazônia, liberando porte de armas e denunciando ‘golden shower’. Não tenho tempo de anunciar novos produtos”, explicou o presidente.
Em seguida, anunciou a substituição do porta-voz, Otávio Rêgo Barros, por Ciro Bottini.
“E não para por aí. Além de porta-voz da presidência, Bottini ainda leva esse maravilhoso chaveiro de nióbio”, anunciou Bolsonaro.
Com seu espírito jovial, Ciro Bottini apresentou novidades para o acordo entre Mercosul e União Europeia. “Sabemos da demanda europeia por produtos ecológicos”, explicou.
Na sequência, afetou a voz: “Mas senhor Bottini, seria possível manter a competitividade e ainda cuidar do meio ambiente? Mas é claro que sim, Bottini! Por isso, iniciamos a produção em massa de canudos de nióbio, que vão substituir os de plástico”, completou.
Bottini garantiu que aviões da FAB estarão à disposição para a entrega de mercadorias de até 39 kg.
“É satisfação garantida ou sua aposentadoria de volta”, anunciou Bottini com um largo sorriso no rosto.
Mesmo com um farto catálogo de compras, Bottini negou os boatos de que o governo vai distribuir mamadeiras de nióbio nas escolas. “Aqui ninguém vai mamar na teta do nióbio”, garantiu.
Satisfeito com o desempenho de Bottini, Jair Bolsonaro estuda oferecer a ele um super-ministério.
“Ciro Bottini pode ficar responsável por vender Petrobras, Furnas, Banco do Brasil, Caixa Econômica e a Amazônia”, antecipou o presidente.
Enciumado, Carlos Bolsonaro iniciou uma série de ataques a Ciro Bottini no Twitter.
Sempre antenado aos negócios mais rentáveis, Fabrício Queiroz foi visto no centro do Rio de Janeiro erguendo uma plaquinha: “Compro e vendo nióbio”.
No fim da tarde, Jair Bolsonaro garantiu que irá ao Maracanã neste domingo para entregar pessoalmente medalhas de nióbio para a seleção que vencer a Copa América.