Lula rejeita McLanche Feliz

Empenhado em manter intacta sua dignidade, o ex-presidente Lula revelou que não aceitará o Nobel da Paz, o Grammy, a Libertadores da América ou a canonização em vida.

“Só saio daqui quando o Deltan Dallagnol entrar no PTinder, o Sergio Moro começar a falar com a voz do Mano Brown ou quando o Roger, do Ultraje a Rigor, emplacar um novo hit”, enumerou.

Uma lista com reivindicações foi entregue às autoridades. “Exijo 13 mil toalhas brancas, o cálice sagrado e uma fábrica de slime. E, para o dia da minha libertação, quero que a transposição do São Francisco chegue até aqui na porta da Polícia Federal para que eu possa voltar para casa, triunfante, de pedalinho.”

Lula também fez uma carta em que lista as situações que vai encarar de maneira diferente quando for posto em liberdade. “Em nenhuma hipótese, vou aceitar os brindes do McLanche Feliz.

Aquilo ali é venda casada. Não vou me rebaixar às estratégias imperialistas para nos empurrar um Scooby-Doo safado ou um Pluto mequetrefe de borracha”, escreveu.

“Também me recusarei, terminantemente, em nome de minha honra, a ouvir áudio de WhatsApp com mais de um minuto”, continuou.

Lula também deixará registrado em cartório sua rejeição ao parabéns do Outback. “É uma surpresa pior do que receber ligação de telemarketing de número privado”, lamentou.

Há também garantias de que Lula resistirá até o último fio de cabelo a frequentar barber shops hipsters modernosos. “Tô topando ketchup na pizza, troco em balinha, caipifruta de lichia, mas tudo tem limite. Fazer a barba bebendo cerveja artesanal de framboesa com quinoa é demais pra mim.”

A lista também inclui a rejeição ao crossfit, a qualquer tipo de chá de revelação e ao Tiago Iorc.

No final da carta, Lula afirma que rejeitou um convite de Gleisi Hoffmann para criar o seu perfil no LinkedIn.

Inconformado, Lula negou os boatos de que pretende rejeitar Luiz Inácio.