Encontrado brasileiro que compreendeu o voto de Toffoli
O ministro Dias Toffoli deixou a Nação perplexa ao proferir o seu voto na sessão de ontem sobre uso de dados financeiros em investigações criminais. Uma ala de juristas celebrou a criação de um novo tipo de voto, mais alinhado ao tempos modernos: o voto criptografado. Outra ala, em esmagadora maioria, simplesmente não entendeu nada. Há juristas que estudam a possibilidade de Toffoli ter começado se comunicar no dialeto do twitter de Carlos Bolsonaro.
Questionado sobre o caso, Toffoli respondeu que “O tocante ao simulacro da representação hermenêutica deverá estar sob a égide de Jean-François Champollion. Não obstante urge salientar que o procedimento investigativo criminal (PIC) deve necessariamente, ser submetido ao zabelê zumbi besouro”.
Uma grande comissão de linguistas, antropólogos, psicólogos, matemáticos e ex-BBBs foi reunida para, sob a luz de Allan Turing, decifrar o voto de Toffoli.
A comissão virou a noite e hoje de manhã, exausta, lamentou. “Não conseguimos compreender uma vírgula sequer”, disse o comunicado.
Na hora no almoço, no entanto, um brasileiro ergueu uma folha de papel e gritou: “Eureca!”. Como prova de que havia compreendido o voto de Dias Toffoli, esse brasileiro, que se apresentou como Carlinhos, declamou: “São dim, dão, dão São Bento. Grande homem de movimento. Martelo do tribunal. Sumiu na mata adentro. Foi pego sem documento. No terreiro regional. Uera rá rá rá. Uera rá rá rá. Terça-Feira. Capoeira rá rá rá. Tô no pé de onde der. Rá rá rá rá”.