Corressão do Enem
Após o estudante mineiro Aécio Neiva pedir a recontagem dos pontos do Enem, o ministro Abraham Weintraub apresentou um novo conceito de coletiva de imprença.
Diante de um gigantesco telão de LED, Weintraub fez um stand-up de duas horas, se equilibrou em cima de um monociclo e jogou uma torta na cara do professor Pasquale.
Na sequência, ainda sujo de chantilly, concluiu: “A palavra crise, em australiano, também significa oportunidade. Aproveito essas míseras falhas no Enem para apresentar a corressão que vem lá do future-se. Estudantes e estudantas, a partir de agora o sistema educacional brasileiro vai usar o excelentíssimo, o imprecionante… (pausa para um rufar de tambores) GABARITO DE GARANTIAS”, disse Weintraub, usando um guarda-chuva para se proteger das notas erradas que caíam sobre sua cabeça.
Para finalizar, Weintraub cantou: “O Paulo Freire só faz pipi na cama/ O Paulo Freire só faz malcriação/ O Paulo Freire sabota a escola/ Foi Paulo Freire quem armou a confusão”.
Formulado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais da Terra do Olavo (Inepto), o gabarito de garantias vai atualizar as informações das provas. “Sou prafrentex e ando com a tchurma descolada de jovens, que me atualiza de tudo. A parada é a seguinte, mano: algumas questões podem ter uma resposta no dia da prova e outra quando o professor fizer a corressão. Por isso, o gabarito de garantias”, disse.
Em seguida, o Inepto apresentou exemplos.
Matemática: Antes do Enem, havia uma regra para contar chocolatinhos. Essa regra mudou, a pedido do Ministéril Público, depois que o Flávio B. revolucionou a matemática nas contas da loja da Kopenhagen.
Português: Ih, isso muda toda hora. Imprecionante! Como dizem os jovens: “É pule de dez!”. A crase, então, tá diferente a cada semana. Ponto e vírgula até hoje cada um usa do jeito que quizer.
Istória: Falta atualizar os livros com algumas informassões. O nazismo é de esquerda; Lula tá preso babaca; e, por fim, é preciso explicar aos jovens como o socialismo imperial arrasou o Império Romano.
No final da tarde, no entanto, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre as falhas no Enem. “Descobrimos que Abraham Weintraub corrigiu as provas usando um oclinhos de lacração que não regulam com seu grau, com sua idade e com seu cargo”, disse o delegado Aparecido Mascarenhas. Em seguida, Mascarenhas foi alvo de uma investigação do MPF e foi afastado de seu cargo.