Tucanos têm o sistema imunológico mais eficiente do reino animal
De acordo com o último relatório divulgado pela Fiocruz, a saída para a pandemia pode passar pelo Rodoanel. “Esqueça a imunidade de rebanho. Estamos impressionados com a imunidade dos tucanos no Brasil. É pasta rosa, grampo do Joesley, emenda da reeleição, caixa dois, eles não pegam nada. Nadinha. Esses anticorpos precisam ficar à disposição da ciência”, explicou a infectologista Clarissa Girão.
Segundo pesquisadores, o sistema imunológico dos tucanos muitas vezes usa agentes investigadores para inibir ameaças. “É um inédito sistema preventivo que, muitas vezes, conta com auxílio de outras espécies. Existem relatos na literatura médica de marrecos que atuaram como escudo para não melindrar tucanos graúdos”, completou Girão.
Há também registros de outras aves que mudam seus hábitos na presença de tucanos. O sanhaço-da-barrigada-marrom, por exemplo, deixa de soltar seus costumeiros pios de alerta. Dessa forma, alguns tucanos podem atuar de forma predatória sem deixar vestígios. É um comportamento descrito cientificamente como “podemos tirar, se achar melhor”.
O caso mais espetacular é o da espécie Aecius-de-bico-branco. São tucanos poligâmicos capazes de voar de Brasília para o Leblon diversas vezes em uma semana. Cientistas mineiros acompanharam um macho e uma fêmea por mais de 20 anos. Presenciaram pousos claudicantes em aeroportos, relações de comensalismo, disputas territoriais com hienas e até ameaças contra animais selvagens. Os Aecius-de-bico-branco, no entanto, nunca sofreram um arranhão. Não perderam nem sequer uma mísera pena.
Oriundo do cruzamento entre tucanos e morcegos, o Nhenhenhém-da-Serra tem como característica a ausência de carisma e de penas no cocuruto. Recentemente, cientistas notaram uma inédita combinação de leões-marinhos, curupira e alcolumbres para proteger o Nhenhenhém-da-Serra de um ataque iminente.
Debruçados sobre os resultados das pesquisas, os cientistas da Fiocruz descartaram a vacina de Oxford. “A imunidade dos tucanos é a chave para tudo. Não só para o coronavírus: ela pode ser benéfica para a Lava Jato, a cólera e a cleptomania. É o caminho mais curto para a imortalidade”, explicou, sem conter a euforia, a pesquisadora Clarissa Girão.
Em seguida, Girão foi presa. Vai passar a vida em uma gaiola. A pesquisa foi arquivada.