Com bastante tempo livre, o presidente Jair Bolsonaro anunciou mais uma novidade. “Nós não enfrentaremos a crise com remédios. Isso é coisa de esquerdista que acredita em ciência. Nós vamos enfrentar a crise com placebos que criem pretextos para continuarmos imóveis”, discursou, erguendo uma nota de Sem Reais. “Foi assim na campanha, quando inventamos o Kit Gay e não precisamos nem apresentar plano de governo. Está sendo assim na pandemia, quando inventei que a Cloroquina funciona e não preciso coordenar um plano sanitário. Deu certo. Por isso, vou combater a crise econômica com uma nota de Sem Reais. Se não der certo, a culpa é da oposição e da extrema imprensa que não querem que nada funcione neste país”, completou.

De acordo com Paulo Guedes, a nota de Sem Reais será amplamente distribuída para as classes menos favorecidas. “Todo mundo diz que eu só penso em banqueiro, acionistas e nas elites. Por isso, vamos fazer uma ampla distribuição de notas de Sem Reais para os pobres. É uma atitude inédita que funciona como incentivo, como impulso, para quem quiser empreender. Finalmente, a empregada doméstica terá auto-estima para se tornar neurocirurgiã ou para abrir uma startup”, discursou, emocionado.

Lideranças evangélicas exaltaram a iniciativa. “Finalmente, a tradicional família brasileira vai se livrar do ranço petista”, celebrou o pastor Lázaro Atalaia. O pastor, no entanto, lembrou que não aceitará notas de Sem Reais como dízimo.