Vacina anti-Bolsonaro tem 89.000% de eficácia

Conforme antecipou o Sensacionalista, a vacina anti-Bolsonaro começou a ser testada no último final de semana. A notícia de Martha Mendonça, Nelito Fernandes, Marcelo Zorzanelli e Leonardo Lanna, cânones do jornalismo satírico brasileiro, circulou sem os devidos créditos pelas redes sociais. “O que não esperávamos é que os resultados da vacinação em massa fossem tão eficientes”, explicou, atônito, Zorzanelli. “O índice de imunização é de 89.000%”, completou Lanna.

E apresentaram evidências: Celso Russomanno viu o seu sistema eleitoral e imunológico murchar após o presidente apoiar sua candidatura. Bolsonaro também divulgou 45 vereadores em 27 cidades. Dados científicos mostram que as vibrações sonoras advindas das cordas vocais do presidente desafinaram as campanhas. Resultado: 35 não se elegeram. Parentes de Carla Zambelli, também derrotados, estão vagando, sem destino, por templos maçônicos.

Estudo paralelo mostrou que os imunizados passaram a enxergar o sobrenome Bolsonaro sem a miopia provocada pelo transe colérico da doença. Levantamento da BBC News Brasil com candidatos que usaram “Bolsonaro” mostrou que só o filho Carlos foi eleito. Mesmo assim, perdendo o posto de vereador mais votado do Rio de Janeiro. Rogéria Bolsonaro, ex-mulher do presidente, não se elegeu; Marcos Bolsonaro, primo distante, tampouco. Wal do Açaí, que concorreu como Wal Bolsonaro, teve 266 votos.

Entre os efeitos esperados da vacina está a capacidade de argumentar sobre política sem mentir. Quando uma fake news é recebida pelo WhatsApp, surge uma dor aguda na consciência. “Meu dedo ficou duro e não consegui compartilhar uma denúncia de satanismo contra a vereadora de esquerda da minha cidade”, explicou Kevellyn Astúrias.

Um eleitor de Paraisópolis ficou apoplético. “Assim que o antídoto foi inoculado, minhas sinapses se conectaram novamente e senti que meus instintos de defesa foram manipulados. Será que todo adversário político do bolsonarismo é realmente pedófilo? Será que isso não tira a credibilidade de denúncias sérias contra esse crime hediondo? Por que eu nunca pensei nisso, meu Deus?”, argumentou Jurandir Pedroso, aos prantos.

No final da tarde, pasmem: um pastor evangélico vacinado passou a pregar o amor a Deus em sua igreja.