Intrigados com o excesso de opiniões definitivas sobre o Big Brother Brasil, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins passaram a monitorar o programa. “O total de vereditos sobre o comportamento dos participantes chegou a 150 milhões hoje pela manhã. Cerca de 40% exige o cancelamento dos participantes que cancelaram outros participantes porque querem o fim da cultura do cancelamento. Em nome da tolerância, mais de 89% dos espectadores não pretendem perdoar os erros dos participantes que foram intolerantes”, explicou Túlio Pessegueira, PHD em twitter.

A Universidade criou ainda um supercomputador capaz de processar todas as opiniões para, em seguida, identificar um raciocínio coletivo. Depois de cinco minutos, a máquina pifou.

Num esforço nunca visto em toda a História da ciência, todos os pesquisadores de todas as Universidades do mundo foram destacados para encontrar um brasileiro que ainda não tinha formado opinião sobre os participantes do programa. Para a empreitada, foram criados novos algoritmos, tecnologias via satélite, ondas magnéticas, animais foram adestrados para sentir o cheiro de pessoas que não tinham formado opinião sobre o BBB.

No fim da tarde, enfim, um jovem sorocabano foi encontrado. Para surpresa da Universidade, José de Aguiar, também conhecido como Aguiarzinho, disse: “Eu adoro o programa. Ainda não sei quem vai ganhar”. A frase soou sem maldade, sem malícia, sem posar de palestrinha, sem dar nenhum veredito, sem tom acadêmico ou lacrador. “Trata-se de uma nova cepa de pensamento. Ainda desconhecida. Vamos estudar”, garantiu Pessegueira.

Assim que a Universidade Johns Hopkins divulgou que José de Aguiar não tinha opinião formada sobre o BBB, o jovem sorocabano foi cancelado.