Renato Terra https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br Humor acima de tudo. Golden shower em cima de todos Wed, 01 Dec 2021 14:27:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 E se Bolsonaro resolvesse elaborar o Enem de próprio punho? https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/e-se-bolsonaro-resolvesse-elaborar-o-enem-de-proprio-punho/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/e-se-bolsonaro-resolvesse-elaborar-o-enem-de-proprio-punho/#respond Thu, 25 Nov 2021 20:00:51 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/2021-11-25_Folha_Renato_Terra-blog-copia-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=2250 Irritado com as admiráveis interferências novas, Jair Bolsonaro sacou a caneta Bic e escreveu a próxima prova do Enem de próprio punho. “Chega de palhaçada ‘comuno-gayzista’. Ô ministro, nem lembro teu nome, mas tira xerox dessa bagaça e distribui pra quem quiser estudar de graça naqueles antros de maconheiros”, explicou o presidente.

O TOCANTE À ‘CUESTÃO’ 1
A cloroquina é eficiente pra curar a gripezinha?
a) PRA CARALHO
b) Positivo
c) Não há comprovação científica*
d) Tá lendo a letra “D” por quê? Já não achou a porra da resposta correta?
*Caso tenha escolhido a letra C, insira o seu endereço completo e número de telefone.

O TOCANTE À ‘CUESTÃO’ 2
“O conluio dos que são contra a maneira diferente de governar e usam mascaradamente um discurso bonito começa a eclodir. Tudo para volta dos que possibilitem seus interesses… Vão somando e notem que alguns chegam a ser surpreendentes! O sistema irá até aonde muitos não imaginam!”

No texto acima, o filósofo Carlos Bolsonaro mostra que o Brasil não dá certo por culpa de qual desses vagabundos?
a) Dos traíras vermelhos com seus porcarias
b) Dos gulosinhos biografados
c) Das prostitutas do sistema
d) Toda essa corja acima

O TOCANTE À ‘CUESTÃO’ 3
Se o PT voltar ao poder:
a) Vai ter canibalismo, pederastia e ateísmo nas ruas
b) Seu cu será propriedade do Estado
c) O hino nacional será desconstruído por Tiago Iorc
d) Seu filho terá o dedo mindinho cortado se não quiser se sodomizar

Ilustração de Débora Gonzales

O TOCANTE À ‘CUESTÃO’ 4
Assinale a ditadura que tá errada nisso aí:
a) “Catar”
b) Emirados Árabes
c) Bahrein
d) Vai pra Cuba fazer o Enem, seu vagabundo!

O TOCANTE À ‘CUESTÃO’ 5
A voz do Sergio Moro é:
a) Fina
b) Melindrosa
c) De “viadx”
d) Aveludada

Jovem, se você completou 18 anos, aliste-se ao Exército e inscreva-se nos meus grupos de Telegram.

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Governo Bolsonaro cria Gabinete do Bode para estruturar sua procrastinação https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/governo-bolsonaro-cria-gabinete-do-bode-para-estruturar-sua-procrastinacao/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/governo-bolsonaro-cria-gabinete-do-bode-para-estruturar-sua-procrastinacao/#respond Thu, 12 Aug 2021 20:00:20 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/2021_08_12_Folha-blog-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=2064 Já acontecia de maneira desorganizada. O governo Bolsonaro tinha, no máximo, dois compromissos por dia marcados na agenda. Um almoço, uma viagem. Duas procrastinações.

Desde que assumiu, Bolsonaro tratou temas como a inflação, a pandemia e a fome com a mesma coerência. Ou seja, todos foram tratados com inércia.

Ciente de que estava na hora de profissionalizar seu ócio, o governo Bolsonaro criou o Gabinete do Bode. A partir de agora, haverá um planejamento estruturado para a criação de novos bodes que serão colocados na sala para jogar uma cortina de fumaça em problemas reais. E, claro, para permitir que Jair Bolsonaro continue sem trabalhar.

Ilustração de Débora Gonzales

O cronograma prevê a continuidade do Bode da Cloroquina na sala para abafar a inércia do governo em coordenar ações de isolamento, negociar vacinas, estruturar UTIs, desenvolver soluções alternativas.

Como observou Gregorio Duvivier, o Bode do Voto Impresso também continuará na sala como um Super Trunfo para desviar o assunto de questões pertinentes para as quais Bolsonaro não tem resposta, como a prevaricação diante das denúncias de Luis Miranda, os cheques de Queiroz na conta da Michelle, as acusações de interferência na Polícia Federal para proteger seus filhos, as denúncias da CPI.

O Gabinete do Bode também gerencia um estoque de pautas viscerais com o intuito de manter o ponto focal de engajamento no fígado, impedindo-o de tabelar com o cérebro. Sabe-se que o medo é a única mensagem concreta que Bolsonaro tem para manter sua base engajada.

O engajamento pelo fígado é a plataforma de governo para a eleição de 2022. Em vez de propostas para o país, estão na gaveta acusações de pedofilia contra todos os adversários políticos, teorias alienígenas, áudios alarmantes, comparações com a Venezuela, desfiles de tanques, ameaças golpistas e, principalmente, vídeos editados que sugiram conspirações ligando hackers petistas, George Soros, o PCC, os Tribalistas, Gargamel, as Farc, o Chupacabra, Nico Puig e Romero Britto.

Em paralelo, em parceria com a Academia Militar das Agulhas Negras, foi desenvolvido um gerador automático de desculpas conspiratórias. Dessa maneira, caso os brasileiros sintam na pele o aumento de preço do gás de cozinha, da carne, do peito de frango ou do arroz, o governo pode criar a tese de que a inflação ocorre por causa de um chip embutido nas tomadas de três pinos que emite um sinal bluetooth capaz de induzir o comunismo, por exemplo.

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Bolsonaro defende xingamento precoce para combater o coronavírus https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/bolsonaro-defende-xingamento-precoce-para-combater-o-coronavirus/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/bolsonaro-defende-xingamento-precoce-para-combater-o-coronavirus/#respond Mon, 21 Jun 2021 20:51:55 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/napoleao-300x215.png https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1946 O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o xingamento precoce como alternativa para o Brasil vencer a pandemia. Depois de insultar repórteres por causa da ineficácia da cloroquina, Bolsonaro xingou Napoleão por causa dos 500 mil mortos. Suado, irritado e descontrolado, Bolsonaro ofendeu um ornitorrinco por causa da ineficácia de seu desodorante.

O xingamento precoce é a política oficial adotada pelo governo Bolsonaro. Impropérios sem eficácia comprovada como “Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe” ou “E daí?” ou ainda “Eu não sou coveiro” marcaram a administração da pandemia.

No final da tarde, irritado com o frio, Bolsonaro olhou pro céu e berrou: “Cala a boca, porra!”

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WhatsApp impresso é a solução mais eficiente contra as fraudes eleitorais https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/06/17/whatsapp-impresso-e-a-solucao-mais-eficiente-contra-as-fraudes-eleitorais/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/06/17/whatsapp-impresso-e-a-solucao-mais-eficiente-contra-as-fraudes-eleitorais/#respond Thu, 17 Jun 2021 20:00:08 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/2021_06_17_Folha_RenatoTerra-blog-copy-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1934 Jair Bolsonaro voltou a dizer que tem provas de que as eleições foram fraudadas e que em 2018 ele teria vencido no primeiro turno. Por algum motivo, ele nunca mostra as provas.

Como o presidente oculta as evidências, podemos chegar a duas conclusões:

1) Bolsonaro descobriu como fraudar as urnas eletrônicas e não quer contar o truque para ninguém;

2) Bolsonaro está mentindo.

Mas atenção, leitores, trago uma revelação de extrema importância que vai contribuir de forma crucial para a lisura do pleito eleitoral de 2022: eu tenho provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas.

E vocês, leitores, também têm.

Basta olhar o histórico do WhatsApp de cada um de vocês.

Ilustração de Débora Gonzalez para coluna de Renato Terra, publicada na Folha, em 17 de junho de 2021

Numa pesquisa rápida, as tais provas certamente virão a lume: a mamadeira de piroca; o kit gay; o anúncio de que Fernando Haddad criou um projeto de lei legalizando a pedofilia; a tese de que Haddad defende o incesto em seus livros; a montagem tosca que infiltrou Adélio Bispo de Oliveira numa manifestação pró-Lula; a foto de Beatriz Segall, atriz que então já tinha morrido com os dizeres: “Esta senhora foi agredida por petistas nas ruas”.

Além de uma verdadeira videoteca de filmetes bem editados, com trilhas eloquentes, sempre a distorcer informações para criar falácias como “pessoas ligadas aos direitos humanos defendem bandidos” ou fantasiar uma ameaça comunista.

Todo mundo viu essas mentiras. As instituições nada fizeram. Tampouco os autores foram punidos nem sequer foram identificados. Resultado: nos últimos anos, consolidou-se a organização de um amplo sistema de criação e propagação de mentiras com fins eleitorais.

Por isso, proponho uma solução imbatível: o WhatsApp impresso.

É urgente que o Congresso vote um projeto de lei que obrigue todos os celulares a virem com uma impressora acoplada. Dessa forma, todas as mensagens enviadas pelo WhatsApp (e pelo Telegram) serão impressas. As mensagens, eternizadas em papel, identificarão os autores da fraude eleitoral e gerarão provas contra eles.

Um processo ao alcance de todos, que vai gerar a transparência necessária para que as instituições possam, enfim, punir os fraudadores.

É um procedimento mais simples e eficiente do que o voto impresso. E infinitamente mais factível do que ficar à espera de que Bolsonaro mostre suas provas.

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Leve a ideologia bolsonarista ao mercado de trabalho e revolucione seu mindset https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/06/10/leve-a-ideologia-bolsonarista-ao-mercado-de-trabalho-e-revolucione-seu-mindset/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/06/10/leve-a-ideologia-bolsonarista-ao-mercado-de-trabalho-e-revolucione-seu-mindset/#respond Thu, 10 Jun 2021 20:00:11 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/2021_06_10_Folha_RenatoTerra-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1931 Apresento uma consultoria pioneira que vai produzir uma revolução em sua empresa: como adaptar a ideologia bolsonarista ao mercado de trabalho.

Em tempo recorde, você mudará o seu mindset para absorver o conceito do PENSAMENTO ESTRATÉGICO VIVO.

Com ele, você quintuplicará o seu patrimônio usando dinheiro VIVO. Receberá parte do salário de todos os seus funcionários em dinheiro VIVO.

A chave do sucesso é dominar a disruptiva arte da desinteligência emocional. Os desafios são encarados de forma anárquica e irresponsável, até que se crie um ambiente de imprevisibilidade patológica.

Enquanto todos estiverem atordoados e com medo, o gestor age de forma autoritária.

O primeiro passo é ressignificar as necessidades dos funcionários classificando-as como mimimi. Por exemplo: fulano quer faltar ao trabalho por motivo de doença. Deve-se afetar a voz e dizer: “Ain, peguei Covid. Ain, tô dodói”. Para logo depois falar grosso: “Pare de ser maricas e vem logo tabalhar, porra”.

A governança corporativa se guiará pela consagrada cultura da intimidação. Para tanto, empregue parentes de milicianos em sua folha salarial. Selecione delegados dispostos a intimar trabalhadores insatisfeitos.

A educação continuada deve sempre evocar a LIBERDADE para acabar com todos os direitos individuais. O funcionário é livre para comprar suas refeições da maneira que quiser e, portanto, não precisa de vale-refeição. É livre para escolher seu plano de saúde ou como quer se aposentar.

Ilustração de Débora Gonzalez para coluna de Renato Terra, publicada na Folha, em 10 de junho de 2021

Esse ambiente é propício para criar sua própria verdade dos fatos, também chamada NARRATIVA. Os grandes empresários do século 21 conseguem impor uma cultura em que os funcionários questionam fatos, jornais e notícias, mas acreditam piamente num vídeo anônimo mal editado que recebem pelo WhatsApp.

Por exemplo: se sua empresa tiver prejuízo, envie um vídeo pelo WhatsApp exaltando o PLACAR DA ECONOMIA, contabilizando o quanto foi economizado desde que os funcionários de bem passaram a levar água e cafezinho de casa. De quebra, edite uma fala do gestor da empresa rival dando a entender que ele é pedófilo.

Como mensagem principal, é fundamental criar a sensação de que o mundo corporativo é perverso e sua empresa rema contra a maré. Assim, o líder bolsonarista poderá demitir seus funcionários sem aviso prévio, sem fundo de garantia, sem nada.

E os demitidos o aplaudirão.

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Bolsonaro é indiciado por formação de família https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/bolsonaro-e-indiciado-por-formacao-de-familia/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/bolsonaro-e-indiciado-por-formacao-de-familia/#respond Thu, 08 Apr 2021 20:00:47 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/2021_04_08_Folha_RenatoTerra-blog-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1793 Com quatro filhos investigados, o presidente Jair Messias Bolsonaro foi indiciado por formação de família.

“É crime previsto no artigo 288 do Código Parental. Ocorre quando se prova a associação de mais de três familiares em quadrilha ou bando para efeitos de delinquência”, explicou o advogado Antonio Carlos de Almeida Prado Tancredo Gomes e Magalhães, também conhecido como Tom.

Segundo o Ministério Público, a família montou um sofisticado esquema ilegal. “As investigações mostram uma fachada culinária criada em conjunto. O que comprova a associação prévia. Flávio ficou com os chocolates; Eduardo fritava hambúrguer; Carlos tuitava abobrinhas, e Jair Renan virou sommelier de água com cuspe”, explicou o procurador Dartagnan Delatol.

De acordo com a investigação, a família empregava a técnica integrada do caos. “Eles não queriam deixar o país dividido, o esquema era muito mais complexo. Eles queriam o Brasil rachadinho”, explicou Delatol num PowerPoint em que várias flechas convergiam para a careca de Queiroz.

Segundo Delatol, a intenção de rachar o Brasil era rachada entre os Bolsonaros. Eduardo afrontaria as instituições; Carlos escreveria hieróglifos para manter viva a ameaça de alguma coisa que ninguém entende o que é; Flávio manteria acesa a chama da cizânia ao empregar parentes de milicianos em seu gabinete. E Jair Renan dividiria o mercado de cashback ao recolher pessoalmente presentes e mimos de empresas interessadas em fazer negócios com o governo.

A tônica seria o paradoxo. Ameaças de ditadura em prol da liberdade. A promoção de uma cultura de morte enquanto se venera dinheiro vivo.

Ao saber das acusações, Eduardo Bolsonaro prometeu invadir o Ministério Público com um boi e um minotauro (há informações de que ele tentou reunir um cabo e um soldado, mas o Exército impediu).

Em nota, Carlos Bolsonaro afirmou que “o conluio daqueles que são felpudos atinge seu ápice num prisma que reflete a luz branca em quatro direções alaranjadas, afinal as prostitutas do sistema não mamam mais nas tetas da vaca do Pink Floyd”. “Big man, pig man! Não passarão!”

Procurado, Jair Renan cuspiu Fanta Laranja.

Em defesa de Flávio, o advogado Frederick Wassef alegou: “Bolsonaro não tem filhos, tem filiados”.

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Bolsonaro não é genocida https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/03/19/bolsonaro-nao-e-genocida/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/03/19/bolsonaro-nao-e-genocida/#respond Fri, 19 Mar 2021 12:31:17 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/2021_03_19_Folha_RenatoTerra-blog-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1736 O dicionário Priberam define “genocida” assim: “Que ou quem causa a morte de um grupo numeroso de pessoas em pouco tempo”.

Jair Bolsonaro não é genocida porque sempre tratou o coronavírus com a gravidade que o tema merece. Nunca menosprezou a doença, chamando-a, por exemplo, de “gripezinha”.

Bolsonaro não é genocida porque liderou o Congresso, os governadores e prefeitos num plano nacional para diminuir drasticamente os efeitos da doença. Um projeto ambicioso, fundado na ciência, que uniu o país. Sempre que um governador hesitava, Bolsonaro vinha com palavras e medidas firmes em favor das pessoas e as dúvidas se dissipavam. Ninguém queria lockdown, mas foi feito de forma tão estruturada que os efeitos foram reduzidos. E havia a crença na liderança de Bolsonaro que, com gestos e exemplos, mostrava que o governo trabalhava pensando em salvar vidas.

Bolsonaro não é genocida porque tomou todos os cuidados e não inventou curas milagrosas ou recomendou remédios sem eficácia comprovada.

Bolsonaro não é genocida porque se mostrou solidário à dor das famílias. Em todos os pronunciamentos, era visível sua compaixão pela dor alheia, sua solidariedade com os mais pobres que precisavam de auxílio emergencial.

Bolsonaro não é genocida porque foi um dos primeiros líderes mundiais a apostar na vacina. Declarou, logo de cara, que estava ansioso para se vacinar e incentivou todos a fazerem o mesmo. Fechou acordos com grandes laboratórios. Investiu em pesquisa. Valorizou a Fiocruz e o Butantã, ganhando a admiração de toda a comunidade científica.

Bolsonaro não é genocida porque nunca espalhou notícias falsas que pusessem a saúde da população em risco. Nunca inventou efeitos colaterais para a vacina. Nunca criticou o uso de máscaras. Tomou todos os cuidados para não provocar aglomerações.

Bolsonaro não é genocida porque manteve o mesmo ministro da Saúde durante toda a pandemia, dando a ele todos os recursos e autonomia para fazer um bom trabalho.

Bolsonaro não é genocida porque celebrou, emocionado, a vacinação de sua mãe.

Bolsonaro não é genocida porque sabe que o seu trabalho é pela vida das pessoas. Fez de tudo, com suor e dedicação. Deixou rusgas políticas de lado, trabalhou, refez laços diplomáticos. Tudo isso num tom sensível e determinado que se espera de um presidente. Nada mais.

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Conheça o Museu do Negacionismo Brasileiro https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/03/16/conheca-o-museu-do-negacionismo-brasileiro/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/03/16/conheca-o-museu-do-negacionismo-brasileiro/#respond Tue, 16 Mar 2021 20:54:07 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/vacina-chinesa-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1710 O riquíssimo acervo negacionista do governo Jair Bolsonaro acaba de ganhar uma exposição online permanente. Catalogado ao longo dos últimos meses, as peças reunidas formam um completo painel histórico.

O Museu do Negacionismo Brasileiro está no ar. E será constantemente atualizado.

Você, leitor, visitante virtual desse museu, também pode contribuir. Basta marcar o @terra30 no twitter ou enviar sua sugestão aqui nos comentários. Um amplo Conselho de Museólogos julgará as novas aquisições deste acervo.

Mas atenção! Não há Terabytes suficientes para carregar todas as contribuições de Osmar Terra. Na condição de mais profícuo artista negacionista brasileiro, Osmar Terra passará por um crivo qualificadíssimo que vai garimpar apenas suas mais importantes obras.

Neste Museu do Negacionismo Brasieiro, você navegará pelas seguintes coleções:

  1. Acervo pessoal de Jair Messias
  2. O advento do artista: a imaginação gráfica de Osmar Terra
  3. Mitos fundadores: de Olavo de Carvalho a ex-atletas do vôlei
  4. As antiguidades gregas, etruscas e brasileiras

AQUI COMEÇA O SEU TOUR VIRTUAL


Acervo pessoal de Jair Messias


CECI N’EST PAS UN GENOCIDA
Óleo (de peroba) sobre tela. Março de 2020

A NEGAÇÃO DA VACHINA
Manuscrito. Bolsonaro, Jair. Outubro de 2020.

O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS PLANAS
Cloroquina sobre ema. Julho de 2020.

E DAÍ DADÁ? OU A PERSITÊNCIA DA MEMÓRIA
Pinceladas numa tela branca. Abril de 2020.

ECCE HOMO VITRUVIANO
Restauração. Fevereiro de 2021

O advento do artista: a imaginação gráfica de Osmar Terra


FASE SURRALISTA DE OSMAR TERRA
24 de agosto de 2020

FASE AZUL DE OSMAR TERRA
31 de março de 2020

FASE ABSTRATA DE OSMAR TERRA
4 de abril de 2020

A VOLTA COMPLETA DA TERRA PLANA
A partir de uma contribuição de Lucas Perrim. 18 de março de 2020.

Mitos fundadores: de Olavo de Carvalho a ex-atletas do vôlei


O NASCIMENTO DE VÊNUS E DA TERRA PLANA
Pólvora sobre smartphone. Maio de 2019 A.C.

SATURNO DEVORANDO UM FILHO
Giz de cera com água. Julho de 2016 A.C.

A DANÇA DOS NÚMEROS
Colagem sobre fundo removível. Março de 2021

As antiguidades gregas, etruscas e brasileiras


 A TOMADA DE CONSTANTINOPLA
Colagem sobre fundo vermelho alarmista. Setembro de 2020

DIA D OU O EMBARQUE DE ALEXANDRIA
Raciocínios cíclicos sobre tela. Janeiro de 2021

PELOTÃO ANTROPOMÓRFICO
Cloroquina sobre tela. 30 de março de 2021.

A NEGAÇÃO DO NEGACIONISMO
Óleo sobre trela. Março de 2021

A TRAVESSIA DE CARONTE
Releitura de Fernando Botero. Março de 2021

O HOMEM DA MÁSCARA DE VIDRO
Pazuello sobre tela. Abril de 20121

Este post será atualizado sempre que houver uma nova peça para a coleção. Repito: você, leitor, visitante virtual desse museu, também pode contribuir. Basta marcar o @terra30 no twitter ou enviar sua sugestão aqui nos comentários. Um amplo Conselho de Museólogos julgará as novas aquisições deste acervo.

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Retrato aloprado: uma biografia de Jair Bolsonaro (parte seis) https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/02/11/retrato-aloprado-uma-biografia-de-jair-bolsonaro-parte-seis/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/02/11/retrato-aloprado-uma-biografia-de-jair-bolsonaro-parte-seis/#respond Thu, 11 Feb 2021 20:00:15 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/pepino-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1626 Você está lendo o sexto episódio de Retrato Aloprado. Se você não leu os primeiros, acesse neste link.

Um dia, deitado no sofá, o jovem Jair Bolsonaro sentiu a boca seca. O desejo de aplacar a sede sem ter o trabalho de se levantar para buscar um copo d’água lhe provocou uma inquietação. Então Bolsonaro resolveu ter filhos.

Flávio nasceu em 1981. Quando o médico lhe deu um tapinha no bumbum, o bebezinho tossiu: “Coaf! Coaf!”. Aqueles que foram visitar o recém-nascido na maternidade ganharam chocolates Kopenhagen. Foi o caso do amigo Fabrício Queiroz, que lhe deixou um pepino de presente.

Assim que começou a andar, Flávio buscava copos d’água para o pai. Mas, ainda jovem, foi diagnosticado com síndrome vasovagal, que lhe provocava desmaios em situações inusitadas. Ele precisava de alguém para rachar as tarefas domésticas.

Carlos nasceu em 1982. Seu sistema cognitivo se desenvolveu de forma sui generis. Com cinco meses, já buscava copos d’água para o pai. Aos dois anos, aprendeu a passar um café. Aos 14, ainda não falava: apenas farejava e mordia quem se aproximava do pai. Engatinhou até os 16 anos.

Um dia, já adolescente, pressionado a dividir o lanche com amiguinhos, Carlos soltou suas primeiras palavras: “O velho teatro das tesouras volta a agir mais descarado: os traíras vermelhos com seus porcarias, alinhados com os tucanos e seus gulosinhos biografados! Só observar o movimento de rodízio das prostitutas nas últimas décadas! A roupagem muda, contudo, o rabo sempre fica de fora!”. Os amiguinhos permaneceram imóveis por 20 minutos, enquanto Carlos mastigava encarando-os fixamente. O segundo filho de Bolsonaro precisava de alguém que fritasse mais hambúrgueres para seu lanche.

Eduardo nasceu em 1984 e logo foi considerado o gênio da família. Aos 16 anos já sabia desenhar, ler e escrever. Foi o único a tentar trabalhar. Passou num concurso público e se tornou escrivão da Polícia Federal. Fez intercâmbio. Era visto com uma ovelha negra dentro do habitat do Boi Rosa (a filosofia do Boi Rosa é descrita no capítulo anterior).

Logo os três filhos abandonariam suas ambições pessoais para se dedicar a uma causa maior: o pai. O velho Jair poderia se refestelar no sofá enquanto os filhos traziam água, projetos e votos. E açaí.

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Retrato aloprado: uma biografia de Jair Bolsonaro (parte cinco) https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/02/04/retrato-aloprado-uma-biografia-de-jair-bolsonaro-parte-cinco/ https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/2021/02/04/retrato-aloprado-uma-biografia-de-jair-bolsonaro-parte-cinco/#respond Thu, 04 Feb 2021 20:00:44 +0000 https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/2021_02_05_Folha_RenatoTerra-blog-300x215.jpg https://renatoterra.blogfolha.uol.com.br/?p=1609 Você está lendo o quinto episódio de Retrato Aloprado. Se você não leu os primeiros, acesse neste link.

Expulso do Exército, Bolsonaro concretizou uma etapa importante do seu plano de carreira. Poderia, enfim, ficar sem fazer nada. E ainda botaria a culpa no Exército, que não o queria mais. Mas faltava uma peça no quebra-cabeça: criar uma fonte de renda que lhe garantisse sustento sem mover uma palha.

Foram meses e meses de ócio produtivo. O jovem Bolsonaro passava dias e noites olhando o céu, analisando as nuvens e pensando qual emprego poderia lhe garantir auxílio-moradia, alimentação, transporte, salário fixo sem que ele precisasse fazer alguma coisa.

Um belo dia, identificou numa nuvem o formato de um boi. Olhou com mais atenção. Viu mais cinco nuvens com traços bovinos. Eureca! A visão luminosa de um gado voador trazia a resposta que tanto buscava.

Lançou-se vereador pelo Rio de Janeiro em 1988.

Em sua campanha, manteve-se fiel aos nobres princípios de inércia e ilegalidade que marcaram sua trajetória militar. Como o Exército proibia campanha política em suas dependências, Bolsonaro usou uma pipa para despejar panfletos nos pátios dos quartéis. Certa vez simulou um enguiço em seu carro na ponte Rio-Niterói para panfletar na base naval ali situada. Colava cartazes nas traseiras dos ônibus até alguém tirar. Foi eleito com mais de 11 mil votos.

Como vereador, manteve-se fiel aos nobres princípios de inércia e ilegalidade que marcaram sua campanha. Tinha urticária só de pensar em percorrer a cidade, identificar demandas, apresentar projetos, orçamentos, licitações ou fiscalizar o prefeito.

Foi então que criou a estratégia do Boi Rosa.

Era uma vez um boi que não queria puxar carroça. Não queria virar bife. Não queria fazer nada. Então resolveu se pintar de cor-de-rosa. Não havia nenhum mérito na existência de um boi rosa, mas aquilo era tão esdrúxulo que todo mundo começou a comentar. Boi Rosa ficou famoso. Muita gente vinha de longe e pagava ingresso para ver Boi Rosa. E Boi Rosa podia passar os dias deitado na sombra.

Uma vez por semestre, Bolsonaro se metia numa confusão que atraía a atenção da imprensa e fazia seu nome ficar na mente dos eleitores. Ficou famoso. Boi Rosa foi eleito deputado federal.

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